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Sandro

Enquanto Sandro agradecia pelo contato da cliente e desejava uma ótima noite com um sorriso na voz, rabiscava um pequeno pedaço de papel e pensava em quando as coisas tinham mudado daquele jeito. Pensava em onde teria ido aquela ânsia que sentia antes pela vida, uma ardência que culminava muitas vezes no sexo e em vastas comparações entre o orgasmo e a morte. Coisas que ele vivia. Coisas que ele escrevia e agora nada. Foi rapidamente ao banheiro, falou um “até amanhã” mecânico a todos que encontrou pelo caminho, passou a digital no ponto eletrônico e logo saiu do contact center e foi à parada que por sorte ficava logo ali na frente. O pensamento e a busca pela força vital que achava ter perdido estavam na cabeça quando alguém anunciou um assalto e ele rapidamente deu o celular, se sentindo aliviado por ter perdido apenas isso e foi quando percebeu. Aquele eu que ele viu perdido tinha 17 anos. Aquele eu foi morrendo aos poucos por dez anos até ser ele agora. Mas como, foi ontem?! Agora

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