Possessão

Ontem

A Noite dominou meu corpo
E eu pude sentir as saliências,
Aclives
E
Declives
De seu negro véu.

Ontem

A Noite fugiu do céu
E dominou meu corpo
Pude ler seus olhos
A despejarem em mim
O meu Nome
Pude ver meu rosto
Desenhado em suas negras pupilas
Pude me sentir em cada suspiro ofegante.

Ontem

A Noite dominou meu corpo
E me levou junto a seu ventre
Infinito de estrelas.

25/05/2009

Comentários

Anônimo disse…
preciso de prazer sensual urgente! :(
@candido_dan disse…
Fico eu aqui...sem palavras...

Cada verso, é uma confissão...não dá pra apenas ler o que você escreve,tem que sentir cada palavrinha.

Apossemo-nos!
Soraia Camila disse…
Cada novo poema uma nova emoção...
Concordo com Danilo "a gente não tem que entender o poema em si, mas sentir cada palavra", é aí que está o segredo do poeta, saber degustar as palavras uma por uma...

Forte abraço
Theo G. Alves disse…
arthur,
é muito bom ver como sua poesia evolui. na verdade, literatura exige essa evolução constante, o trabalho, a maneira diferente de lidar com o que chamam de inspiração. belos versos.
ando sentindo sua falta lá pelas bandas do museu.

abraço!

Postagens mais visitadas