Veneza
O vento nórtico sopra.
É dia, mas tem gosto de noite enluarada.
Os canais de Veneza acordam
E o dia chove, provocando uma enchurrada
O rosto gélido da Lua
Acaricia o hídrico penar
E a maré nasceu nesse dia.
Leves ondas
Já jorravam nas janelas das almas aflitas
Seguindo caminhos fincados pelo tempo
A Lua caminhante do dia
Chorava a beleza
Da inundação...
Ela precisa estar mais perto.
Ela se perdeu da noite
E a quer mais perto.
03 de Setembro de 2009
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