overdose II
1. 19' (desde) 89
Outra Lua passou
E o Sol esqueceu de nascer,
Eu ainda sei quem sou,
Mas as pessoas não conseguem me ver
Nem se eu mentir
Eu sei que ninguém vai ver
E eu não consigo fingir
Simplesmente parecer ser
Um dia se eu errar
E cegar o dom
Se esforce, tente lembrar
De que eu fui e posso ser bom
Em quanto tempo se faz uma vida?
Sei que se leva menos pra destruí-la
Apenas alguns segundos
E as verdades são tão parecidas
Com as dores suprimidas
De uns grilos mudos
Minhas pontes de Carbono cresceram
Meus sonhos apareceram,
Mas só por alguns minutos
2. à 00:00 (à zero hora)
Lá estava ela,
Era uma noite escura e fria
E em sua mão havia uma vela
Que uma lágrima quente escorria
Eu a olhei,
Fui um belo mentiroso,
Fingi, um coração despedacei,
Sua pele tingi de um amor rancoroso
Um véu, flores e um sonho,
O vento soprou, outra lágrima rolou
Tão feroz como um redemoinho
Tocou,
Amou,
Chorou,
A música do seu coração parou
Na noite mais escura...
- Meu coração não bate,
Mesmo assim ele se parte!
Pelo tempo continuaria sua procura
A neblina cobriu os pés,
Minha mente bebia sandices,
Portava no peito as Santas Fés
E o relógio batia as doze tolices
- Para amar não há barreiras,
Viva na terra com os seus,
Mas lembre de minhas palavras verdadeiras
Quando pensar que me disse Adeus!
3. a dama mãe da noite
à Daniela Araújo
Dama dos cabelos cor da noite,
Com um sorriso de estrelas,
Tece doces caminhos por entre flores
Explodindo o céu em supernovas
A lua canta a seus olhos,
Que de um fervor intenso se embreagam
Os pássaros a ti cantam saudosos
Que os ventos frente a teu poder se entregam
O Sol teu rosto quer iluminar,
O universo teu brilho vive a invejar
Seu poder de ser a eterna dona
A Luz a sua vontade obedece,
O dia a ti entoa preces,
À mãe da noite, a soberana!
4. a fênix
No abismo mais profundo,
No escuro, lá no fundo
Queima a chama acessa
Do desejo mais soturno,
Do querer mais obscuro,
O estraçalhar da presa
Uma lágrima de fogo
Desce, vai queimando todo
O escudo, antes rubro
Agora é cor do mundo,
Um tom abaixo do mudo,
Um cinza meio escuro
O fim só é o começo,
Um passo mais, um tropeço,
O pó ao pó só voltará
Se no fim houver começo
Se o mundo não teme-lo
Não crer que tudo findará
Não definitivamente
Porque o sempre só o mente
O fim, do ciclo do fogo
A fênix é que não mente
Finda e começa sempre
Para viver tudo de novo
5. a mais bela canção
Nas horas se perdeu o medo
De ter de novo a mesma lembrança
De ser descoberto o segredo
De que sou tão frágil quanto uma criança
Sofro com um medo novo
Sofro até com a esperança
E na minha cabeça voa um corvo
Que aparece toda vez e sempre
Que noto o horizonte torto
Quando ouço a musica fúnebre
Que toca nos vãos do espaço
Se refazendo na minha frente
Contando os passos
E esperando o certo
Se parecer com os traços
Do errado que está mais perto
Do errado que está presente
E assim parece correto
E essa voz impertinente
Que grita e me tira a paz
Que me diz que esse presente
Não volta nunca: "nunca mais"
Me mete medo então
De não ser capaz
De domar meu futuro numa canção
De achar que não sou capaz
De seguir em frente, não:
Nunca, nunca mais...
Foi-se embora minha paz
Foi-se na mão
Então de quem é capaz
De fazer por mim a mais bela canção
Outra Lua passou
E o Sol esqueceu de nascer,
Eu ainda sei quem sou,
Mas as pessoas não conseguem me ver
Nem se eu mentir
Eu sei que ninguém vai ver
E eu não consigo fingir
Simplesmente parecer ser
Um dia se eu errar
E cegar o dom
Se esforce, tente lembrar
De que eu fui e posso ser bom
Em quanto tempo se faz uma vida?
Sei que se leva menos pra destruí-la
Apenas alguns segundos
E as verdades são tão parecidas
Com as dores suprimidas
De uns grilos mudos
Minhas pontes de Carbono cresceram
Meus sonhos apareceram,
Mas só por alguns minutos
2. à 00:00 (à zero hora)
Lá estava ela,
Era uma noite escura e fria
E em sua mão havia uma vela
Que uma lágrima quente escorria
Eu a olhei,
Fui um belo mentiroso,
Fingi, um coração despedacei,
Sua pele tingi de um amor rancoroso
Um véu, flores e um sonho,
O vento soprou, outra lágrima rolou
Tão feroz como um redemoinho
Tocou,
Amou,
Chorou,
A música do seu coração parou
Na noite mais escura...
- Meu coração não bate,
Mesmo assim ele se parte!
Pelo tempo continuaria sua procura
A neblina cobriu os pés,
Minha mente bebia sandices,
Portava no peito as Santas Fés
E o relógio batia as doze tolices
- Para amar não há barreiras,
Viva na terra com os seus,
Mas lembre de minhas palavras verdadeiras
Quando pensar que me disse Adeus!
3. a dama mãe da noite
à Daniela Araújo
Dama dos cabelos cor da noite,
Com um sorriso de estrelas,
Tece doces caminhos por entre flores
Explodindo o céu em supernovas
A lua canta a seus olhos,
Que de um fervor intenso se embreagam
Os pássaros a ti cantam saudosos
Que os ventos frente a teu poder se entregam
O Sol teu rosto quer iluminar,
O universo teu brilho vive a invejar
Seu poder de ser a eterna dona
A Luz a sua vontade obedece,
O dia a ti entoa preces,
À mãe da noite, a soberana!
4. a fênix
No abismo mais profundo,
No escuro, lá no fundo
Queima a chama acessa
Do desejo mais soturno,
Do querer mais obscuro,
O estraçalhar da presa
Uma lágrima de fogo
Desce, vai queimando todo
O escudo, antes rubro
Agora é cor do mundo,
Um tom abaixo do mudo,
Um cinza meio escuro
O fim só é o começo,
Um passo mais, um tropeço,
O pó ao pó só voltará
Se no fim houver começo
Se o mundo não teme-lo
Não crer que tudo findará
Não definitivamente
Porque o sempre só o mente
O fim, do ciclo do fogo
A fênix é que não mente
Finda e começa sempre
Para viver tudo de novo
5. a mais bela canção
Nas horas se perdeu o medo
De ter de novo a mesma lembrança
De ser descoberto o segredo
De que sou tão frágil quanto uma criança
Sofro com um medo novo
Sofro até com a esperança
E na minha cabeça voa um corvo
Que aparece toda vez e sempre
Que noto o horizonte torto
Quando ouço a musica fúnebre
Que toca nos vãos do espaço
Se refazendo na minha frente
Contando os passos
E esperando o certo
Se parecer com os traços
Do errado que está mais perto
Do errado que está presente
E assim parece correto
E essa voz impertinente
Que grita e me tira a paz
Que me diz que esse presente
Não volta nunca: "nunca mais"
Me mete medo então
De não ser capaz
De domar meu futuro numa canção
De achar que não sou capaz
De seguir em frente, não:
Nunca, nunca mais...
Foi-se embora minha paz
Foi-se na mão
Então de quem é capaz
De fazer por mim a mais bela canção
Comentários
"E o relógio batia as doze tolices"
Adorei esse verso.
O quinto é muito lindo! *-*