olhos de gato
do outro lado, o mais escuro, do muro
no fim da rua estranha
de frente a uma casa onde o vento fica mudo,
onde um gato sujo expõe as suas entranhas
com olhos de risco, sem pupílas,
portais de um submundo,
e pessoas, guardiãs, desaparecidas,
comem uma espécie desconhecida de fungo.
obscura fantasia, cortina de uma hediondez,
de uma desvirginal desgraça.
um anjo cortês
engole milhões de séculos de uma só vez e um pedaço da própria asa.
em seu rosto nada há de divino,
nem de um toque maléfico.
um anjo menino
permanece escondido com seu futuro profético.
no fim da rua estranha
de frente a uma casa onde o vento fica mudo,
onde um gato sujo expõe as suas entranhas
com olhos de risco, sem pupílas,
portais de um submundo,
e pessoas, guardiãs, desaparecidas,
comem uma espécie desconhecida de fungo.
obscura fantasia, cortina de uma hediondez,
de uma desvirginal desgraça.
um anjo cortês
engole milhões de séculos de uma só vez e um pedaço da própria asa.
em seu rosto nada há de divino,
nem de um toque maléfico.
um anjo menino
permanece escondido com seu futuro profético.
Comentários
Gostei da estrutura da poesia.
Grande abraço, sucesso e obrigado pela visita.
anjos e bruxas sao equilibrio ... yn, boa.
uau! ótimo!
obrigado por ter gostado, novidades só esporadicamente hehe
abraço!